O Lugar Zen tem cheiro de ervas e flores que, somadas às suas cores, proporcionam equilíbrio e
bem estar.
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segunda-feira, 9 de março de 2009

“Eu te levarei ao deserto e te falarei ao coração” (Os 2, 4 )

Ao longo da minha vida, por quantas coisas eu já passei!!! Por quantas tenho passado e por quantas mais ainda eu passarei? Tu bem sabes de que tenho provado. Em relação a elas como tenho me portado? Tu sabes onde está o meu limite de minha sede, tu sabes onde mais dói a minha dor, onde reside o meu maior amor e de que sou capaz,s sem ti, em desamor. Tu sabes de mim e eu pouco sei de ti. Tu me atraíste ao deserto para falar-me somente a mim, para dizer-me o que queres de mim e eu hei de descobrir porque me tornei assim. Tu me falarás ao coração a fim de que se estabeleça equilíbrio entre razão e emoção, para que eu não me perca de mim nem me perca de ti, para que eu não queira fugir, quando tiver que ficar, para que eu não tenha que ficar quando for a hora de partir. Por isto, tu me atraíste aqui. Eu deverei saber, bem mais sentir que entender, a razão que me faz viver, do que me dá alegria e os motivos que me fazem sofrer. Eu preciso descobrir onde tu estás e, também, do que sou capaz, positiva e negativamente falando. Eu preciso descobrir coisas que sinto e nem sei dizer por quê. Eu preciso aprender a dizer coisas que ainda nem consegui compreender. Por isso é que me atraíste aqui, por isso é que, hoje, estou aqui e não lá. Neste deserto, onde me encontro agora, preciso me encontrar e te encontrar e, no meu encontro contigo, o encontro comigo também será restabelecido e o novo acontecerá. Tu me criaste para que eu pudesse te encontrar e nada sem ti faria sentido. Sem ti, que sentido faria? Seria viver à revelia. Não seria nem viver, somente padecer. Preferível não nascer a viver e não te encontrar, passar pela vida sem te amar, sem experimentar o amor com que me amas, que nada de mim pedes, nada de mim reclamas, senão somente que, no amor, eu possa a ti me assemelhar. É tudo o que pedes de mim. Transformação mais profunda que me propões a mim, superior a tudo o que se supõe, é que eu possa a ti me assemelhar naquilo que tens de mais sagrado, tua misericordiosa bondade, expressa no ato de amar. E como eu vivo no espaço e no tempo, tu te revelas a mim e eu te revelo através de inúmeros momentos, a fim de que, em decorrência, eu possa viver, pelo menos, menos inconseqüentemente e mais coerentemente. Eu não posso perder este presente, o presente o de estar aqui contigo, neste momento. Tua presença é o maior presente que podes me dar e o meu presente a ti oferecido é a maior oferta que pode te alegrar. Eu quero confiar sem descuidar de mim. Eu quero ainda mais confiar em ti, fazendo tudo como se tudo dependesse só de mim e confiar em ti tão cegamente, como se tudo dependesse tão somente de ti. Na confiança mantida, na reciprocidade acontecida, o amor entre nó acontecerá, o teu espírito me enviarás e alegria do encontro propiciarás. Não me sentirei perdido e entenderei contigo de que o amor teu em mim é capaz. Por isso me atraíste aqui. Não vim para fazer o que me apraz, mas descobrir de que sou contigo capaz. O que eu quero tão somente é te servir.
"Eu dou graças a meu Deus cada vez que eu me lembro de vocês e sempre em minhas súplicas, oro por todos vocês, com alegria, pela participação de vocês no Evangelho, desde o primeiro dia até agora e estou certo de que Aquele que iniciou em vocês a obra há de levá-la à perfeição, até o dia de Cristo Jesus" (Fil 1, 3-11).
Pe. Airton Freire

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